quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Projeto Aves de Urubici

Neste último final de semana, a Eco-Sensu participou de um projeto de levantamento da avifauna, dentro de uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), na cidade de Urubici. A proposta de fazer o projeto, que ainda está em fase de estruturação, partiu de um casal de amigos, que resolveram comprar aproximadamente 29 hectares de terra, com a finalidade de trasformá-la em uma RPPN. Posteriormente, todos as informações obtidas poderá subsidiar os planos de manejo dentro dessa propriedade, que de acordo com o SNUC (Sistema Nacional de Unidade de Conservação), entra na classificação de uso sustentável e para pesquisa. Um ponto muito interessante, é que esta RPPN, batizada de Portal das Nascentes, servirá como uma espécie de corredor ecológico entre o Parque Nacional de São Joaquim e o Parque Nacional do Campo dos Padres. Abaixo seguem algumas fotos para vocês terem a idéia da área.

Já nesta visita, muitas espécies de aves foram avistadas, algumas muito comuns, como o sabiá- laranjeira, as tirivas, joão de barro e outras nem tanto, como o sanhaço-frade, a gralha-azul e o pica-pau do campo.


OBS Importante: Ao chegarmos na RPPN, o casal tinha acabado de se deparar com duas pessoas contratadas por um empresário para roubarem orquídeas para uma floricultura. Os dois ladrões e criminosos foram abordados a tempo de podermos resgatar todo o saco de orquídeas já coletadas.

Muito trabalho há de ser feito, e esse é apenas mais um dos exemplos da batalha pela preservação dos recursos naturais. Sempre manteremos vocês informados das novidades sobre esse importante trabalho.
Até breve!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A Eco-Verdade!

Gostaríamos de iniciar esse post, falando sobre a materia de capa de duas importantes revistas, e que além de outros assuntos, tratam também das questões ambientais. A primeira, a Scientific American Brasil, em uma edição especial sobre os oceanos, e a segunda a revista GEO. Coincidência ou não, ambas tratam da questão alarmante da proteção dos recursos marinhos, em especial os recursos pesqueiros! Aonde queremos chegar? É justamente o editorial dessas revistas que chamaram a atenção, e falam sobre algo que a tempos gostaríamos de comentar. Diz respeito sobre a grande verdade em relação ao "boom" da atenção voltada às questões ambientais e sobre a grande verdade em relação a sustentabilidade de nosso planeta! Em um mundo de Ecobags, Ecoatitude, Ecovaloração e Eco não sei mais o que, o Eco-Sensu não prevalece! Vamos aos dizeres dos autores e vocês entenderão aonde quero chegar.

Você recicla seu lixo?, perguntou a um amigo. Sim, respondeu o colega! Mas esta resposta, em meio a outras questões que fizemos, não garantiu uma ecoavaliação positiva. O que se pode dizer, é que o nosso estilo de vida é uma combinação de atitudes tão ecológicas quanto nocivas à querida terra. Assim sendo, ninguém está mais livre da culpa individual sobre a depredação generalizada. Não só carregamos nos ombros o peso de nossa Humanidade como chegamos a um ponto em que não conseguimos voltar atrás de nossa tecnologia dispendiosa e nosso predatório estilo de viver. E as medidas que adotamos para nos aproximar do meio ambiente são facilmente mercantilizadas, valendo apenas a lei do lucro. Assim, por exemplo, podemos mudar nosso estilo de vida, mas não a depredação da terra. Sabe-se hoje, que a criação de gado tem contribuição significativa para o efeito estufa. Mudamos então para "seres vegetarianos", porém, o que acontece é que a demanda por isso gera mais e mais áreas cultiváveis no planeta devido a população insustentável que temos que administrar. Ou, adotamos um estilo de vida baseado em consumo dos frutos do mar, muito mais saudável que o consumo da carne vermelha, e o que acontece, contribuímos para a diminuição do efeito estufa e saqueamos nossos mares e oceanos. Sim, sustentar a ser humano sobre o planeta não é tarefa fácil e assim destruímos o ambiente marinho extinguindo espécies de peixes e outros organismos. Hoje, estima-se que os recursos pesqueiros não comportem mais do que 30 anos de exploração se continuarem no ritmo atual. Vocês entenderam? Hoje, temos temos que pensar em muitas e outras tantas estratégias para renovar nossos costumes que não caminham alinhados a sustentabilidade. A coisa não é tão simples, podem acreditar. Claro, se cada um fizer a sua parte, o planeta agradece, mas o buraco é muito mais embaixo e exige estratégias que não dependem somente daqueles que acreditam em um mundo melhor para viver, pois aquelas que fato tem o poder para tomar as decisões, normalmente estão vinculadas ao lucro, ou seja, ........

Bom, com essa postagem esperamos que vocês pensem um pouco mais sobre tudo isso que estamos vivendo, e se realmente podemos sonhar um dia na convivência harmoniosa entre homem e meio ambiente! Nós acreditamos, porém é preciso refletir sobre tudo isso.

Eco-Sensu.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Esponjas vegetais!?

Não, não estamos falando das já conhecidas esponjas marinhas, que por sinal são animais filtradores do filo porifera. Estamos falando de um outro tipo de esponja, capaz de absorver uma infinidade de elementos nocivos à saúde: as plantas! Uma pesquisa realizada recentemente aponta plantas que podem limpar o ar de ambientes internos. As mais comuns e de cultivo fácil, como por exemplo as samambaias e pequenas palmeiras, podem sim ajudar na manutenção de um ambiente mais asséptico, se é o que podemos falar. O autor da pesquisa, o engenheiro ambiental Bill Wolverton, ex pesquisador da Nasa, conta que o interior dos ambientes pode ser até dez vezes mais poluído que o lado de fora, acumulando contaminação suficiente para causar alergias, asma entre outras patologias. Devemos pensar ainda em todos os tipos de recintos fechados, banheiros públicos, escritórios, hospitais na qual seu estudo identificou mais de 900 tipos de gases transportados pelo ar, inclusive formol (cancerígeno) e derivados de tintas como benzeno, alcool, clorofórmio e amoníaco, apenas para citar alguns. Dessa forma, a intalação de uma planta a cada 9 metros seria mais do que suficiente para eliminar esses elementos, que são "tragados" pelas plantas e consumidos nas raízes pela cadeia microbiana, como fungos micorrízicos e bactérias!

Partindo do mesmo motivo, ou seja, a prática de cultivar plantas dentro de casa, foi que a designer holandesa Marieke Staps inovou ainda mais e criou um outro jeito sustentável de ver as horas: o Soil Clock (relógio de solo). É simples: o relógio possui um sistema de eletrodos de cobre e zinco. Ao plugá-lo em um vaso de planta qualquer, o material age como um condutor de eletricidade e capta a energia produzida pelo metabolismo natural das plantas para convertê-la em eletricidade e fazer o relógio funcionar. Mas com um detalhe “óbvio”: para manter a invenção funcionando, a planta também não pode parar de produzir energia, e, para isso, ela precisa de água. Ou seja, para os avoados de plantão, que esquecem de regar as plantinhas durante vários dias, há um grande risco de perder a hora!

Mais uma grande sacada da pesquisa científica e um grande motivo para acreditarmos de uma vez por todas na convivência harmoniosa entre seres humanos e natureza! Utópico? Deixamos a pergunta no ar para vocês refletirem um pouco!

Até mais.