Enquanto o mundo se prepara para celebrar a diversidade da vida na Terra, muitas organizações estão conclamando os governos a fazer mudanças fundamentais no planejamento econômico para evitar o colapso do sistema de manutenção da vida no planeta. Hoje, dia 22 de maio, o mundo celebrará o Dia Internacional da Biodiversidade, que foi proclamado pelas Nações Unidas em 1993 com o objetivo de “ampliar a compreensão e a consciência acerca das questões de biodiversidade.” A biodiversidade e a saúde dos ecossistemas naturais são o fundamento do bem-estar humano e da economia porque oferecem um leque de benefícios, ou “serviços”, como ar e água limpos, proteção contra desastres naturais, medicamentos e alimentos. Os especialistas estimam o valor econômico global da biodiversidade como nada menos que US$ 33 trilhões ao ano. E os governos raramente levam em consideração os benefícios econômicos e sociais da natureza em suas políticas e atividades, afirmou Rolf Hogan, pesquisador do assunto. “Isso leva à destruição dos ecossistemas naturais e compromete o nosso futuro. A situação está se tornando uma crise”. Paralelamente a isso, os governos do mundo não cumpriram a promessa que assumiram em 2002, junto à Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), de reduzir consideravelmente o índice de perda da biodiversidade até 2010, o Ano Internacional da Biodiversidade. Estudos recentes, inclusive o Panorama Global da Biodiversidade 3 (Global Biodiversity Outlook 3, relatório preparado pela CDB), mostram que a continuidade da perda maciça da biodiversidade é uma probabilidade cada vez maior. De acordo com os estudos, estamos nos aproximando de diversos “pontos de colapso”, em que os ecossistemas entrarão em estados menos produtivos, dos quais poderá ser impossível se recuperar. O relatório da CDB mostra que, infelizmente, a conservação dos ecossistemas e das espécies, o uso sustentável dos recursos naturais e a repartição dos benefícios da biodiversidade ainda não fazem parte dos principais critérios considerados por tomadores de decisão, sejam de governos ou empresas. O que é muito triste!
Fonte: WWF Brasil.
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